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Catedral de São José

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Mensagem por Mestre do Jogo Dom Set 16, 2012 3:30 pm

Catedral de São José 38662

Um dos primeiros edifícios a ser criados na cidade de West Vancouver foi a Catedral de São José, localizada imediatamente a norte da rua Sinclair, próximo do Hay Park. Construída por ingleses, este é um edifício de grandes dimensões em estilo românico. Tem três naves e um corredor principal destinado ao auditório, formando o crucifixo cristão. A nave dianteira é composta pela capela principal mais cinco pequenas capelas radialmente dispostas ao seu redor, enquanto que as outras duas naves são as possuidoras dos tetos mais altos da catedral, pois é lá que se encontram as torres que se vêem do exterior. Os dois confessionários situam-se em ambos os lados da igreja, logo ao início do corredor principal.

O corredor central é composto por duas colunas e dezenas de fileiras de bancos clérigos, onde o auditório assiste à missa e reza. Estão várias esculturas de anjos e santos a observar os fiéis a partir dos pilares laterais do corredor. Um teto altíssimo espantosamente retalhado e esculpido com uma precisão divinal dá à catedral uma majestade vertiginosa conjuntamente com as dezenas de janelas vitrais aí dispostas. Esses vitrais dão um ambiente religioso à catedral graças aos raios solares que os atravessam captando cores místicas, mas de noite a atmosfera torna-se assustadora o suficiente para poucos lá quererem entrar. Os visitantes noturnos não costumam variar dos padres, fiéis à procura da ajuda de Deus e adolescentes góticos.

As naves são compostas por altares e adornos ainda mais presentes, entre os quais esculturas, pilares que seguram os “camarotes”, pinturas e vitrais espalhados pelas torres, contando cenas bíblicas em que seguidores ganham a salvação e pecadores são queimados no Inferno, em que anjos guardam as portas do céu e S. Pedro sublime julga no purgatório. As naves laterais têm os seus próprios bancos clérigos virados para o centro e dois pequenos altares a norte cada, enquanto que o maior altar está localizado na nave central, onde os padres pregam a missa. Também é aí que está o órgão da igreja, encostado à parede do fundo, por baixo do enorme crucifixo e do imenso ouro ornamental, pelo qual também está envolvido.

Esta grandiosa catedral é comandada pelo Cardeal Ambrosius, que celebra a missa maior parte das vezes, assim como ouve as confissões dos pecadores arrependidos que não querem uma pós-vida no Inferno. Mas por vezes não é ele a celebrar a missa, o que causa transtorno aos frequentes fiéis que assistem às missas. É-se dito que Ambrosius dá uma sensação de paz, proteção e fé que mais nenhum padre, pastor ou freira consegue transmitir. Talvez seja por isso que quando ele está presente, é para aqui que as pessoas se dirigem quando se querem sentir seguros, inventando pecados como desculpa para ter uma conversa ou até uma consulta de psicologia.

No entanto, quando não está presente, a Catedral de Vancouver deixa de ter a sensação de segurança, tendo até havido relatos de desaparecimentos de crucifixos, Bíblias e outros pequenos objetos usados pelo Cardeal. Há quem fale que os responsáveis dos furtos acham que esses objetos dão alguma espécie de poder a Ambrosius e por isso roubam-nos para ter esse mesmo poder, mas ninguém tem a certeza. Provavelmente o Cardeal é portador da rara Fé Verdadeira, afastando o lado negro da cidade de Vancouver das suas proximidades usando os objetos religiosos como maneira de expressão do poder, e não como portadores do poder da Fé em si mesmos, como alguns podem pensar.

Venha à Catedral de Vancouver se quiser ter um contacto com Deus ou simplesmente contemplar uma obra de arte.
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Mensagem por Karlin Kochesmann Dom Abr 27, 2014 12:17 am

Andar. Andar. Andar.

No começo, Vancouver tinha sido uma surpresa desagradável. Todo lugar naquela cidade parecia ter um cheiro levemente pútrido por baixo. Sentia falta de Munique. Olhava pro céu. Até a lua aqui era diferente.

Andar. Andar. Andar.

Em quatro ou cinco dias, meio que já se acostumara com a leve dor de cabeça e a coceira na ponta do nariz causadas pelo cheiro. Já se sentia mais a vontade ao deixar o apartamento. E, não importava como, ela precisava ficar fora daquele apartamento. Não aguentava mais a imobilidade do ar e o silêncio, nem seu cérebro revivendo complusivamente as imagens de sua perdição. Precisava ver movimento, gente, cor. Nem cozinhar ajudava mais. Era terrível. Enlouquecia. O terror do que fizera estava se transformando em qualquer outra coisa, em desejo, em pulsação. Seu sexo respondia.

Andar. Andar. Andar.

Precisava andar pela cidade, olhar em volta. Esquecer o que fizera, de alguma maneira. O que fizera? Não pensaria nisso. Não queria pensar. Mas seus pensamentos convergiam irresistivelmente para o mesmo ponto. Para aquele segundo de delícia imensurável - seu corpo estremecia com a lembrança. Cada pelo seu arrepiava. Salivava. O coração pulava um batida. Aquele segundo de delícia imensurável em que a faca escorregou lentamente, tão macio, atravessando a pele clara, abrindo caminho na carne, babando sangue tão, tão, tão vermelho. A lâmina descia cortando com calma. Um maravilhoso corte de carne de cheiro adocicado, ainda quente da vida recentemente extirpada. Oh, o prazer! A delícia!

Andar. Andar. Andar.

Oh, não, oh, não, não estava funcionando. Continuava pensando. Sua respiração estava irregular. O que fizera? Mas o que fizera? Como podia lembrar daquilo com prazer? Precisava andar. Talvez mais rápido. Olhar em volta. Esquecer, esquecer. Mas de fato era uma pena que não se permitira cozinhar aquela carne. Cheirava tão bem... Certamente renderia um prato delicado. Mas o que estava pensando! Lógico que não cozinharia a carne. Precisava de foco. Abandora Munique para esquecer. Para começar de novo. Para deixar esses desejos pra trás.

Andar.

Onde estava agora? Não conhecia esse pedaço específico da cidade ainda. Era mais escuro, de uma escuridão mais densa. Logo entendeu o por quê. Uma igreja. Sempre tivera a impressão de que o ar era mais denso em volta das igrejas. Devia ser por causa do cheiro intoxicante de vela e farinha e água sobre pedra. De todos os lugares onde poderia parar para curar a crise de desespero em que se encontrava, vir bater bem numa igreja! Pensava mais em um bar logo que colocara o nariz pra fora de casa.

Se sentia um tanto quanto sacrílega, de fato, parada na frente da igreja com as chamas de todos os infernos aquecendo sua genitália enquanto relembrava seu ato hediondo... Sublime... Terrível! Respirou profundamente o cheiro doce do catolicismo e entrou, tremendo.


Precisava de alguma ajuda, afinal. Qualquer uma.
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Mensagem por Gregory Grabs Seg Jun 02, 2014 10:22 pm

Como de costume, me levanto cedo todas as manhãs para cumprir com minhas obrigações diárias. Me levanto, me banho, visto-me, e me ajoelho diante da imagem do pai para fazer minhas orações, pedir que meu dia seja abençoado e mantenham todos a salvo do mal, então é hora de meus afazeres. Não pensem que passo o dia apenas rezando e vagando pelos corredores da Catedral, prefiro me ocupar com outras atividades, uma delas é tomar conta do jardim e da pequena plantação de verduras e condimentos que eu mesmo plantei no espaço que fica nos fundos da catedral. Não, não é um cemitério, o cemitério fica mais pro outro lado.

As flores são usadas para a decoração do altar e as verduras e legumes que mesmo não sendo abundante, são muitas vezes usadas para a preparação de alimentos a serem servidos para os moradores de abrigos, aos mais necessitados, assim como aqueles que quiserem comparecer em nossos corriqueiros eventos oferecidos pela catedral e os fiéis.

Desde que fui transferido do Monastério para a Catedral, sempre mantive o pensamento em como fazer com que a comunidade se envolvesse ainda mais com a igreja onde ambos fôssemos beneficiados. Não, não sou caridoso somente para ganhar fiéis, sou caridoso de alma, coração e....bom, sou caridoso, está em meu sangue. Na verdade foi toda essa dedicação, caridade, sensibilidade, amor e outras coisas mais que me levaram a ser padre. Com alguns pequenos detalhes nas entrelinhas, mas são apenas detalhes por agora, os curiosos que aguardem e eu contarei mais sobre esse episódio de minha vida. De como me tornei padre é claro, não há mais nenhum outro episódio da minha que me deixe tão feliz em dividir com as pessoas....não espere...Huuuummm (faz cara de maroto por uns cinco segundos). Nãaaao, não tem mais nada.

Mas como eu ia dizendo, faço minhas rondas pela catedral. Visito o jardim, rego as plantas, troco algumas palavras com os capelões que ajudam na Catedral, não que eles falem muito, e finalmente me dirijo até a sacristia para assegurar que os paramentos e alfaias litúrgicas estão em seus devidos lugar, não que eu precise fazer isso pois temos um sacristão encarregado de tal tarefa, faz é força do hábito, acredito que ele não goste muito das minhas visitas a sacristia, ele me olha meio estranho. Pois é, nem todos dentro de uma igreja são o que parecem ser para aqueles que estão do lado de fora.

Ao sair da sacristia, me dei conta de que tinhamos um visitante, pra ser mais exato, uma visitante. Me apressei em me aproximar dela. - Olá, posso ajuda-la em alguma coisa. Ao olhar para ela, percebi que ela parecia aflita, um pouco tremula. - Diga, o que aconteceu, você me parece um pouco aflita. Estendi os braços e mãos apontando para os bancos para que ela se sentasse, então esperei que ela dissesse algo.
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Mensagem por Karlin Kochesmann Dom Jun 08, 2014 5:24 pm

- Olá, posso ajuda-la em alguma coisa.


Deu um pulo, assustada. Realmente, não esperava que alguém aparecesse. Mas, pensando bem, isso não fazia muito sentido. Era uma igreja, afinal. Alguém apareceria. No caso, O Padre em pessoa.


- É!... Oi.


Desde o segundo em que colocara os pés pra dentro da igreja, sentiu que aquele era um erro. E um dos grandes. Agora um homem que devia ser o padre a interpelava com aquela docilidade desagradável dos religiosos, aquela atitude planejada de bondade e afabilidade que definitivamente não a convencia, e não fazia ideia de como proceder. O fato era que não havia espaço pra gente como ela entre os braços protetores da igreja. Ainda mais depois de... Além disso, o cheiro daquele lugar fazia seu nariz coçar e os olhos lacrimejarem.


Olhou em volta, procurando uma saída fácil. Mas, pensando bem, mesmo se encontrasse um meio de escapar, não sabia se deveria. Estava com problemas, certo? E aquele padre talvez pudesse ajudar, não é? Afinal, se tinha alguma coisa que os padres tinham que saber fazer, era controlar seus impulsos, de alguma maneira. Eles eram celibatários, afinal. Torceu as mãos umas nas outras. Coçou o nariz, tentando se afastar do cheiro do homem. Não que ela não fosse celibatária, mas era só porque todo mundo fedia tanto.


- Diga, o que aconteceu, você me parece um pouco aflita.


Ele apontou um banco. Karlin se sentou no lado oposto ao que ele indicara, coçando o nariz com força, esperando que ele entendesse que não devia se aproximar mais. Se ele tentasse lhe dar um abraço de consolo, provavelmente vomitaria tudo o que não comera nos últimos dias. Tinha vontade de respirar fundo, mas não se arriscava com outra pessoa tão perto. Tinha medo de sentir o cheiro de humano, aquele cheiro horrível de sebo e... Nem sabia precisar o que era aquele cheiro, na verdade. Só sabia que, depois de morta, a carde humana mudava. Adquiria um cheiro doce, apetitoso, quente... Estava se perdendo de novo. Balançou a cabeça, em desespero. Desespero.


- Pater, me ajude, bitte! – soou mais desesperada do que esperava – Eu sou má, schlimm, muito má.


Sentia-se infantil e tola. Não queria dizer aquilo. Mas parecia a maneira certa de proceder, embora soasse meio falso. Tinha que ganhar a empatia dele antes de soltar a bomba, tinha aprendido isso durante aquele tempo na juventude em que acharam que era uma boa ideia procurar um psiquiatra para aquela menina esquisita. ‘Vá devagar, Karlin’, diziam. “Devagar”. Mas ela estava desesperada. E ele era um padre, afinal. Um padre!


- Meu problema, Pater, – olhou pra ele, uma ideia se insinuando deliciosamente em seu cérebro. Se sentiu corar de prazer. Ninguém na igreja. Ninguém. Só eles dois. Só o que tinha que fazer era continuar falando. – é que eu sinto fome. Muita. Eu sou chef de cozinha, entende. Mas nada... Nada cheira tão bem quanto... Nada mais me satisfaz... Eu posso afundar a cara num saco de endro que o cheiro não vai embora... Não podemos falar em um lugar mais discreto?

Com as mãos enfiadas no bolso do casaco, se levantou devagar, deliberadamente. Tentou dar um sorriso que parecesse calmo, controlado e não-ameaçador. Mas até ela sabia que tinha falhado miseravelmente na tentativa.
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Mensagem por Gregory Grabs Sáb Jul 19, 2014 5:05 pm

Quase dei um pulo de susto me assustando com o susto que havia causado na moça. Tive uma breve vontade em me apalpar para ter certeza de que não havia me tornado um poltergeist para assombrar a alma daquela mulher, mas hesitei, pois seria um tanto cômico e talvez à assustasse mais uma vez. 

Estava eu ali ainda com os braços e mãos estendidos esperando que ela se sentasse, quando estranhamente esfregando o nariz fortemente a mulher se senta do lado oposto. Poderia ser superstição, de repente ela se sentia melhor sentando daquele lado da igreja do que do outro, talvez a ventilação fosse melhor daquele lado, mas poderia ser apenas o fato de ela estar aflita e estar fora de si, certas coisas podem deixar as pessoas deslocadas. E longe de mim julgar, afinal eu sou um padre, mas aquela esfregação no nariz e seus olhos lagrimejantes me parecia um tanto suspeitos. Que o Senhor perdoe meus pensamentos erroneos.  

Enfim, a moça se sentou e me sentei na fileira de bancos da frente, virando um pouco meu corpo colocando uma das pernas dobradas sobre o banco para ficar frente a frente com ela. Entrelacei os dedos apoiando as mão sobre o encosto do banco e aguardei até que ela estivesse pronta para falar. Já era de costume ouvir confições dos fiéis, algumas delas eram até engraçadas, claro que quando se está no confessionário é muito mais fácil para tirar alguns minutos para rir de algumas das confissões em silêncio, mas estando frente a frente com uma pessoa, tinha que me conter. Não, que ela parecesse ter uma confissão muito engraçada para fazer, pois parecia aflita demais, um tanto desesperada. 

- Acalme-se irmã, você não precisa temer. Seja o que for que te aflige, você deve confessar seu erro e tenho certeza que o Senhor vai te absolver dos seus pecados se você estiver arrependida de tê-lo feito de coração. Sim, essa era a parte em que todos os padres cometiam o maior pecado de todos, dizer aos fiéis que eles seriam absolvidos de seus pecados depois de cinco pai nosso e dez ave maria, isso dependendo do tamanho do pecado, deve ser por isso que passamos tanto tempo rezando.

- Meu problema, Pater, é que eu sinto fome. Muita. Eu sou chef de cozinha, entende. Mas nada... Nada cheira tão bem quanto... Nada mais me satisfaz... Eu posso afundar a cara num saco de endro que o cheiro não vai embora... Não podemos falar em um lugar mais discreto?

Eu tinha que confessar que aquilo era meio estranho, estava meio confuso. A série de piscadelas após ela terminar de falar não tinha nada a ver com um ato impuro de que eu estaria flertando com ela, e sim uma expressão de confusão em minha mente. - Creio não ter compreendido muito bem o que quis dizer. Digo eu olhando para mulher enquanto ela se levanta do banco com as mãos enfiadas no bolso do casaco. Olhei para os lados, não havia mais ninguém na igreja além de nós dois, que lugar mais discreto ela queria. - Talvez você se sentisse mais confortável se fossemos ao confessionário, ninguém irá ver ou ouvir suas palavras além de mim. Na maioria das vezes uma barreira entre padre e fiel é tudo o que eles precisam para se sentirem menos pressionados, intimidados, vergonhosos por estarem confessando seus pecados. 

- Por aqui. - Me levantei apontando com a mão a direção para o confessionário. - Poderá me contar com mais calma sobre seu problema. Você está com algum problema de saúde? - Claro que eu estava curioso, aquela mulher era intrigante por alguma razão, além de ser uma chefe de cozinha, o que seria de bom grado se ela se juntasse aos voluntários da "soup ktchen". As palmas de empolgação em relação aos meus pensamentos teriam que ficar para depois, primeiro devo fazer minha boa ação do dia...Não, espere, essa não seria minha primeira boa ação do dia, mas era tão importante quanto. Esperei que ela se decidisse para que pudessemos continuar.
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Mensagem por Karlin Kochesmann Ter Jul 29, 2014 12:58 am

Sentiu sua mão tremer dentro dos bolsos do casaco, mas não achava que o padre tivesse percebido. Ele parecia muito ocupado em piscar confusamente pra ela e tentar entender o que estava acontecendo ali. Bom, tinha que admitir que ela também adoraria saber o que estava acontecendo. Mas isso não a impediu de sentir um desprezo tremendo por aquele ser humano fedorento parado na sua frente. Ele parecia fraco e sem pulso firme. O que só podia ser uma coisa boa. Ou não.

Afinal, entrara naquela igreja para buscar ajuda, e não para se perder mais. Sentiu um puxão nos joelhos. Seria seu corpo avisando que deveria ir em frente? Bem sabia que o cérebro não era um órgão confiável... Afinal, porque sofrer tanto? Ninguém nem sequer desconfiara da primeira vez... Mas ele era um padre! Mais um puxão nos joelhos. Seu estômago vibrava. O que fazer? O que fazer?

Ignorar o cérebro. Ignorar a moral.

Segurou com firmeza o cabo da pequena faca de tornear que carregava no bolso. Escorregou o polegar de leve pela ponta, descendo pela lâmina fina, e sentiu o molhado de uma gotinha de sangue a brotar na ponta do dedo. Estava afiadíssima. Letal. Era uma aficionada por facas, tinha que admitir; e não saía de casa sem pelo menos uma das pequenas enfiada no bolso. Usava mais parar cortar ervas ou frutas que encontrasse por acaso no caminho, mas suas utilidades, obviamente, não paravam por aí.

O padre a convidava para ir ao confessionário, mas isso não era bom. Não queria um pedaço de madeira entre eles. Não lhe serviria de nada. Além do mais, não se confessaria para um padre que não falasse uma língua decente. Inglês, infelizmente, era uma língua molenga e sem graça. Ele era um tolo... Problema de saúde! Logo ela, que sempre fora saudável como um touro! Ele não fazia ideia. Melhor pra ela. Seus joelhos tremiam. Precisava agir ali mesmo.



- Nein. Isso não vai servir de nada. – um sorriso sarcástico começou a se espalhar por seu rosto, involuntariamente, torcendo seus músculos da face e distorcendo sua expressão. Karlin não estava muito acostumada a sorrir. Ihren Gott wird mir nie vergeben*.

Foi como se entrasse na água de uma vez. Seus ouvidos taparam. Seus olhos se abriram. Todos os tremores pararam. Quando agia de acordo com sua verdade, tudo mudava. O sorriso sarcástico se ampliou, transformando seu rosto numa máscara horrível de escárnio. Uma gota de suor escorreu de leve por seu pescoço, fazendo cócegas na pele fervente. Lambeu os dentes, prazerosamente, deliciada com a situação. Se sentia excitada. Prendeu a respiração.

E, num gesto rápido, sacou a faca e pulou em direção ao padre, segurando-a firme na mão, tendo o pescoço como objetivo.

 
 




 
*tradução: Seu Deus nunca vai me perdoar.
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Mensagem por Gregory Grabs Qui Set 04, 2014 7:39 pm

E lá eu continuei, em pé olhando para a moça feito uma estátua, não tão diferente dela, que parecia ter sido petrificada no meio da igreja, nem ia nem pra frente nem para trás, não dizia sequer uma palavra, apenas mantinha as mãos nos bolsos com um olhar fixo em algo e nada ao mesmo tempo. Não havia nada que eu pudesse fazer, bom na verdade até tinha, eu poderia pegá-la pelos cabelos e arrastá-la até o confessionário como uma mulher das cavernas, mas isso iria contra todas as minhas regras de boa conduta como padre. Eu deveria me punir por ter tantos pensamentos impuros em um dia só. 

Meus pés estavam começando a coçar devido a grande vontade de bater impacientemente no chão pela demora da mulher em se decidir ir para o confessionário ou não, não sabia ela que o tempo de um padre é precioso? Onde fica a consideração nesse momento. Talvez se eu soltasse uma bufada ela entenderia a minha impaciência, mas não, decidi me conter e esperar...e esperar um pouco mais.

Enquanto aguardava pela mulher, tive até tempo para um flashback sobre um estranho acontecido logo que cheguei em Vancouver e dei início as minhas atividades na Catedral. Uma jovem veio até mim para se confessar, disse ela que seria a primeira vez a se confessar, naquele momento eu me alegrei, que felicidade ter o prazer de ser eu quem iria ouvir sua primeira confissão, era uma benção tão grande. Mas pelo nosso pai que está no céu eu juro que quase tive um treco quando aquela louca começou a ter um chilique no meio da igreja e baixou a pomba gira na jovem que começou a se despir...Como assim, a casa de Deus não é lugar para tamanho desrespeito. Eu quase tive um ataque do coração, comecei a chamar por socorro, bombeiro, polícia, as forças armada e claro, um exorcista...mas ela acabou mesmo indo para uma instituição para pessoas com problemas mentais, pobrezinha, até hoje eu rezo por ela para que ela se cure daquele horrendo mal que se manifesta em seu corpo.

Mas olha que maravilha, ela finalmente cuspiu algumas palavras. Não exatamente o que eu estava esperando, pois ela praticamente se recusou em me acompanhar.

- Minha irm... Engasguei com as palavras ao perceber o sorriso sarcástico que brilhou no rosto da mulher. Sim, o medo cresceu em meu ser, senti como se tivesse me deitado numa banheira de água gelada e meu corpo todo estremeceu, meus olhos pareciam querer saltar para fora e mentalmente comecei a rezar. 

- Ir..irmã, a..a..acalme-se. Gaguejando consegui deixar com que algumas palavras saíssem de minha boca, mas na verdade aquelas palavras eram para mim mesmo. Em seguida ela disse algo em uma língua da qual eu não consegui distinguir devido ao meu nervosismo vendo a expressão da mulher se transformar em algo fora do comum e no momento seguinte senti como se minhas cordas vocais fossem se romper. Sim, eu gritei feito uma garotinha vendo aquela mulher se jogar para cima de mim com uma faca que eu nem mesmo sabia de onde tinha vindo, mas também não importava, eu estava mais preocupado com a direção que a faca estava indo...meu lindo pescocinho.

Fui impulsionado pelo reflexo á levar minhas mãos em direção aos pulsos da mulher, tentando manter aquela lâmina longe do meu gogó, que cena de filme de terror seria se ela me decapitasse ali, logo eu, um homem de Deus, um homem de fé. Devo confessar que me senti uma garotinha indefesa, afinal eu sou um padre, não um lutador e aquela mulher tinha uma força descomunal para uma mulher. Tudo bem que sou um homem malhado e atlético, mas ela havia me pego de surpresa. Eu gritava por socorro ainda tentando me livrar do ataque da mulher e por um momento senti algo quente escorrer em meu braço. Segurei seus pulsos fortemente e tentei empurrá-la para longe. Não queria machucá-la, longe de mim cometer um pecado tão grande como bater em uma mulher, se é que aquilo era uma mulher, só se fosse uma mulher da Escandinávia que tivesse sido criada por Vikings sua vida inteira e aprendido a matar dragão com os dentes. 

-Irmã...me escute...não...quero...não quero te machucar, deixe eu te ajudar. Pare...pare com..pare com isso...estamos...na..na casa de Deus. Dizia eu pausadamente "lutando" com a mulher, tentando convencê-la a parar.
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Catedral de São José Empty Re: Catedral de São José

Mensagem por Thomaz Clinn Qua Fev 25, 2015 2:36 pm

Os dias após os acontecimentos no apartamento haviam seguido o fluxo do tempo normalmente como se nada houvesse acontecido, nada na linha de tempo que rege com tanta perfeição quanto um relógio suíço e todo o seu  modo de que o mundo gira havia sofrido alguma alteração. Mostrando assim o quanto somos insignificantes comparados a alguma força maior, que nos observa como se fôssemos experimentos em tubos de ensaios de codinome vida, em um laboratório chamado mundo. A leve e fina garoa começava a molhar o asfalto naquele fim de tarde nostálgico, e conforme molhava a pele de meu rosto os olhos lacrimejavam ao parar em frente do apartamento da mais bela de Vancouver. Sim havia sem sombra de duvidas a colocado em uma posição totalmente desnecessária, ariscando-a sua vida e mostrando-me que ainda sou um perfeito moleque que de alguma forma ainda não tem a sua disposição poder o suficiente para manter alguém seguro além dele mesmo.

Uma luz acende-se  na janela que tanto olhava e por segundos meu  coração chegava a doer, o ar quente dos pulmões saia pela boca após respirar fundo, os olhos secaram-se sozinhos enquanto desviava  o olhar em direção a calçada, passos de um homem derrotado momentaneamente talvez seguiam sem um rumo ao certo  pelas ruas adentrando na escuridão que ja  tomava conta no horizonte.

O amor é a única força que não pode ser explicada, e não pode ser quebrada com um processo químico, é  o farol que nos guia de volta para casa quando não há mais ninguém, é a luz que ilumina nossas perdas.  Talvez ela tenha-me feito sentir algo o  mais parecido com o amor,  sua ausência seria desastrosa,  isso me tiraria todos os prazeres isso tornaria minhas noites mais escuras e meus dias mais sombrios.
Mas como ser humano totalmente frágil e destinado a não compreender certas coisas que estão diante de mim mesmo  e  que tenho o conhecimento do quão perigosas elas podem ser, nós humanos  ainda sentimos o amor por esse alguém e não importando o quão errado, triste e horrível ele possa ser acabamos nos apegando a ele de tal forma que não conseguimos explicar nem se soubermos como, pois é ele que nos alimenta e nos mantém de pé, mas sem percebermos  aos poucos ele também alimenta-se de nós. O amor é a nossa graça, o amor é a nossa ruína.


Um turbilhão doloroso era meu único guia, de ombros levemente arqueados, mãos nos bolsos e cabeça levemente inclinada para frente deixando uma postura encurvada encontrava-me adentrando os portões da catedral São José. Não que eu fosse um cristão praticante, mas por motivos que nem eu mesmo sabia explicar com lucidez meus pés acabara-me trazendo até aqui. Posteriormente sentando-me em uma das dezenas de fileiras de bancos do corredor principal, admirava as esculturas de anjos e santos  fixados nos pilares laterais. O teto esculpido a mão simbolizava a crença das pessoas em algum tipo de força maior e que eles tanto depositam sua fé.

Abaixava a cabeça por um instante, talvez tentando praticar algo quem saiba rezar um pouco, mas não tinha a menor ideia por onde começar, não sabia como fazer ali ou o porque, só abaixei e aguardei em silencio esperando algo que nem eu ao menos sabia o que. Talvez um anjo.
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Mensagem por Alyssa Blane Qua Abr 08, 2015 10:52 am

Mesmo com os malditos dias se passaram, ainda sentia medo de andar sozinha pela rua, sentia uma sensação esquisita de alguém atrás de mim, chegar tarde em casa era um pesadelo, não subia para o meu andar se estivesse alguém no elevador. Até mesmo de dormir, todas as noites acordava num pulo na cama escutando alguém entrando pela porta. Os fantasmas daquela noite continuavam sua missão de atormentar. Merda, aqueles idiotas acabaram com a minha rotina linda e perfeita. Agora parecia uma gatinha acuada que vivia com medo das coisas. Trabalhar para Shaw estava ficando difícil, pois saia de casa já no começo da noite e chegava logo de manhãzinha. Logo andava sozinha pela rua. Do táxi para o apartamento foi o suficiente para aqueles dois fazerem o que fizeram, tudo isso por que, umas assinaturas? Tudo era como um pesadelo na minha vida.

Os dias eram escuros, tinha medo de tudo, estava em pânico, mas tentava não entregar-me, era difícil, mas era assim que tinha que seguir. Continuava com Thomas, nossa relação era legal. Talvez não tenha caído ainda por estar com ele, sei lá, pode ser que tiro coragem dele...

Olhava pela janela, os dias cinzentos eram como eu me sentia, a fina garoa deixava tudo ainda mais frio e gélido, olhando para baixo, vi aquele rapaz, o conhecia. Senti meu coração pulsar e uma energia gostosa passar no meu corpo, mas tudo se findou em uma pedra de gelo, quando vi Thomas virando as costas e seguindo seu caminho. Não sei porque, mas senti um aperto no coração. – Acho que sei para onde ele foi... – sim eu sabia, tinha uma ligação gostosa entre nós. Nós tínhamos comentado pelo telefone.

Escutava os sons dos anjos e demônios ao meu redor, nunca fui de ir à igreja. Somos todos pecadores, perante o Senhor, por isso temos que nos humilhar prostrando de joelhos aos seus pés, clamando por misericórdia. Era isso que minha mãe dizia.

Ir a igreja, tentar tirar o peso de cima das minhas costas, como uma beata, vesti e corri escadas a baixo. A arquitetura antiga da igreja, os santos traziam uma paz. Não era a mais beata das moças, passava longe da igreja. Às vezes acreditava, às vezes não, hoje era o dia que tinha para acreditar. Vi aquele homem, de cabeça baixa, aproximei. Ficando ao seu lado, assistindo a frente a imagem do homem crucificado. Não tinha costume, mas ali começava uma oração, sem saber o que falar, mas procurando apoio na mão fria dele.

– Não sei, se devo estar aqui... – comentei com ele.
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Catedral de São José Empty Re: Catedral de São José

Mensagem por Thomaz Clinn Qui Abr 16, 2015 10:09 am

Talvez as preces feitas anteriormente tenham sido atendidas, pois, ouvir aquela voz doce e macia vindo de trás a minha pessoa me confortava graciosamente dando a incrível sensação que  abraçava meu coração dentro do peito. Minha cabeça erguia-se consecutivamente  mas meu olhar ainda de certa forma hesitante não a confrontava, receio talvez, não saberia quais das infinitas possibilidades de reações  após aquilo  ela poderia tomar e enfim agir.

Ao mesmo tempo que meu coração sentia-se calmo e tranquilo, minha parte racional tendia a não demonstrar quaisquer resquício de inferioridade. Ela não sabia se deveria ou não estar ali, engraçado, nem mesmo eu sabia como tinha ido parar lá apenas havia seguido meus pés, talvez a fé seja algo que nós humanos recorramos em  ultima instância em  períodos tenebrosos e inconscientemente também seres como eu tenham tendências religiosas no fim de tudo. Levantava-me lentamente do banco mas desta vez com uma postura totalmente a oposta da  de quando chegará, a planta dos pés firmes ao chão, ombros eretos, queixo erguido, cabelo não muito arrumado e olhos decididos em seguir adiante, porem com certa tristeza ainda aparente virava-me agora sim de frente para aquele anjo. Uma beleza abstrata em meio a perdição, sua pele de aparência perfeitamente macia e fina reluzia o interior da catedral e aquecia agressivamente meu peito.

Minhas mão iam em direção a gravata arrumando-a  e posteriormente abotoando o paletó, o sorriso me vinha a face novamente, mas não com tanta facilidade como antigamente e os pulmões queimavam ao respirar.
 
- Minha doce e bela Alyssa, perdoe-me pelo ocorrido anteriormente, sinto que tenho uma divida com você, uma que talvez não poderei pagar tão cedo, mas admito que não quero prejudica-la de forma alguma.... Poderia parecer duro naquele momento, não sabia o que diabos ela poderia fazer, um tapa com certeza ela não me daria mas um soco isso sim poderia fazer contra mim, mas confesso que estava a um pulo de beija-la sem dar brechas para fuga e leva-la de volta ao seu apartamento sendo que contudo não sair mais de lá  para praticar o ato carnal que tanto desejei.

Tinha que contar-lhe quem eu era e filho de quem era,  apesar de não a conhecer tão a fundo também. Não nos conhecíamos e nem tínhamos um relacionamento   muito mais do que o necessário talvez para não nos apegar-nos, porem ela trabalhava para o Shaw  príncipe da cidade e o momento na qual eu havia encontrado-me com ele, ela havia presenciado e com tudo  constantemente após aquele dia perguntava-me se ela não havia ficar curiosa sobre minha pessoa. Um passo em sua direção aproximando-me de seu rosto  tão perto que podia sentir sua respiração, uma das mãos ajeitava gentilmente os fios loiros que estavam soltos colocando-os atrás de uma das orelhas podendo sentir a leve temperatura de sua pele, enquanto a outra mão um pouco tremula era depositada em sua cintura puxando-a para mais perto. Queria mostrar um pouco do antigo thomaz, o Thomaz galanteador que ela havia conhecido na galeria, o cara legal   de sorriso fácil e simples que se esforçava ao máximo  naquela banca de dvd´s para ter sua atenção, o cara  com uma cantada não tão boa sobre seu perfume mas sem medo de chegar em uma mulher bela como ela. Um vocabulário doce e aconchegante mas traiçoeiro de certa forma cheio de  segundas intenções  que ela mesma ja havia insinuado,  porem esquivava-se graciosamente de todo aquele papo sem perder a postura.
- Gostaria de me acompanhar a uma noite de luxuria e apostas?, que forma melhor de aproveitar a vida depois de um susto daqueles minha  "Afrodite". 

Sendo que logo após pronunciar tais palavras enfim roubava-lhe um beijo instintivamente, aguardando sua reação.
O sorriso malicioso era evidente logo após desenhava-se em minha face, queria aproveitar a vida mais que tudo agora. Queria aproveitar a vida com alyssa ao meu lado, deixe que venham novamente, deixe que tentem algo contra mim não me importo, ainda buscarei o caminho para vingar-me de Flavio e de todos os que seguem essa "justiça" distorcida, sei que posso tombar no decorrer do  caminho e talvez com uma grande porcentagem de  risco eu não o cumpra,  mas quando o fim chegar e o  coração deixar de bater dentro deste corpo  ele terá sem sombra de duvidas  aproveitado tudo o que foi possível com ela.
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