Vampiro - A Máscara
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Montanhas Azuis

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Jamie Sinclair
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Mensagem por Vancouver Qua Mar 26, 2014 2:34 pm

Escoriado _______________ 0 
Machucado _____________ -1 
Ferido __________________ -1 
Ferido Gravemente ______ -2 
Espancado ______________ -2 
Aleijado _______________ -5 
R.I.P __________________ X
----------------------------------

Lanibar conseguiu causar 11 pontos de dano LETAL em Jamie Reid Sinclair, causando assim a perfuração de seu pulmão e ferindo vasos letais. 


O bom conhecimento em anatomia possuído por Labinar foi crucial.

A faca penetra a carne, corta o grande dorsal e um pouco de gordura ali localizada, pequenos vasos são rompidos pela afiada lâmina. O órgão é acertado, o impacto produziria um som de galhos sendo quebrados, era a coluna da moça sendo deslocada. O ponto que acertou acaba por dificultar toda a respiração da mulher que agora sufoca-se em sangue e ar. O impacto do golpe faz com que sua coluna seja deslocada pouco abaixo de sua escápula não deixando assim que suas pernas tenham movimento.



Não há barulho, não há nada o que possa ser feito. Jamie vê um vulto alto olhando para ela enquanto faz um sinal com o dedo no local que poderia ficar a boca.


O chão ganha uma poça de sangue, os olhos de Jamie começam a perder a vida, nada mais pode ser feito. Os batimentos cardíacos aumentam na tentativa de fazer o corpo reagir dando um pouco de adrenalina, mas a pancada foi forte demais para se movimentar, as pupilas dilatam. Mais uma tosse, mais sangue para fora de sua boca. Suas mãos agarram o chão, e pela última vez, Jamie Reid Sinclair pisca.
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Montanhas Azuis - Página 2 Empty Re: Montanhas Azuis

Mensagem por Erick Horkheimer Sáb Abr 05, 2014 9:45 pm

Alemanha – Nuremberga: 18:00

Em uma mansão que mais parecia um castelo enorme, se encontrava o segundo escudo da família Horkheimer. Seu Grã-mestre chamando Haroldo Horkheimer sentado em sua cadeira trabalhada com símbolos de Magus e um grande desenho trabalhado na mesa de seu escritório ouroboros um tanto diferente, um dragão europeu mordendo uma serpente criando um círculo.    

Ele parecia um tipico ariano, olhos azuis, cabelos longos e dourados, uma grande barba e algumas cicatrizes de sua juventude perturbada pelo seu conhecimento e sacrifício que fez ao longo de sua vida. Alisando sua longa barba olhando para o homem que tinha acabado de matar seu filho, ele respira fundo e com uma voz cansada diz. – Você foi contratado pelo meu irmão Valdimir, matou um do meu sangue. Ele da uma pausa e olha para sua esposa chorando sentada em um sofá. Ele respira bem lentamente com uma expressão entristecida encarando o jovem assassino. 

- Meu irmão quer revanche de uma antiga guerra. O ancião engole seco e olha para o rapaz. – Não é nada pessoal, mas você vai ser o mensageiro dela. Ele olha para um dos seus filhos mais velhos e faz um sinal com a mão, eles levam o rapaz para fora e pegam uma adaga negra com um símbolo entalhado com um olho sangrando e degola o rapaz em seguida. 

A cabeça é guardada e o resto do corpo é incinerado, um dos filhos voltando ao escritório com um caixa térmica cheia de gelo e com a cabeça do rapaz. – Pai. O ancião faz um gesto com a mão. – A cabeça do assassino. Disse o filho caminhando para frente e fecha a porta. – Mande a mensagem para o terceiro escudo, e chame o nosso mensageiro leal. Com uma voz séria e uma expressão nada amigável, seu filho saiu do escritório sem dizer nada. 

Não demorou muito o mensageiro entrou no escritório, colocou a mão no peito e baixou a cabeça. – Meu senhor, qual é a ordem. O Ancião respirou fundo se levantando da cadeira. Caminhou até a estante de livros abrindo uma caixa com um símbolo dos três escudos retirando uma espada de dois gumes. – Entregue isso para o meu irmão mais velho, do primeiro escudo, que Hermes ilumine a sua mente. O ancião baixa a cabeça ainda entristecido com a morte do seu amado filho, ele se senta na cadeira e balança a cabeça de forma negativa com o seus pensamentos conturbados, com raiva.  

 Rússia – Ijiévsqui: 05:00 

Um homem posicionado em uma janela com um rifle de precisão DSR 50 sniper com um projétil modificado e silenciador, olhando pela luneta, então seu celular toca. Ele ri e apoiando o rifle em seu ombro direito atendendo a chamada. – 1985 esperando a ordem. Uma voz de um ancião da uma gargalhada. – Mate logo esse informante da Interpol e volte. O tiro é disparado, o projétil atravessa a janela aberta do hotel a certando a cabeça do sujeito, o projétil é desintegrado quando o acerta.

Ele desmonta o rifle e o guarda na mala. A cápsula, ele limpa com um lenço deixando o hotel que dava de frente ao hotel da vítima. Sobe em sua moto e dirige até chegar à mansão do terceiro escudo, estaciona na garagem e entra na mansão.
 
O Ancião o esperava no escritório com duas garotas de programas e dois homens armados na porta. – O Valdimir me espera. Os dois homens dão uma risada debochada.  – Ele ta ocupado. Dentro do escritório poderia ouvir gemidos e risadas de luxúria. Caminhou até um sofá próximo da sala de espera e ficou passando uma moeda entre os dedos. 

Depois de alguns minutos as garotas saíram do escritório com uma garrafa de vodka na mão e foram levadas pelos capangas de Valdimir. Um dos seguranças olha para o rapaz. - O Chefe o espera. O homem se levanta calmamente, qualquer movimento estranho ele receberia uma morte prematura mesmo sendo da família. 

O ancião ainda colocando as calças olhou para o rapaz que entrava. – Essas asiáticas, Ha essas asiáticas. Disse ele rindo. Assim que ele se vestiu, olhou sério para o rapaz. – Missão? O rapaz deu uma risada e jogou a moeda na mão do ancião. – Ótimo, ali está seu pagamento. Disse o ancião apontando para uma maleta. – Agora gaste tudo com sua diversão, e mandei um dos meus homens chamarem a minha filha. O ancião se senta na cadeira e abre a portinha da mesa e guarda a moeda com as outras. 

A menina entra no escritório, sua aparência angelical e atrevida era um inferno para alguns rapazes do sua escola, qualquer um na Russia que olhasse pervertidamente para a filha de Valdimir era morto e o corpo virava carne moída para Hambúrguer.

O Seu império russo vinha da segunda maior empresa russa de fabricação, produção e transporte de armas e munições, o seu outro lado vinha do submundo da Rússia, grande máfia russa a suas alianças eram antigas desde a KGB quando ainda estava ativa. Todo esse império foi herdado do pai de Vladimir um dos homens históricos da Rússia e honrado tanto pelos inimigos quanto aliados. 

 - Que foi papai. O ancião da um sorriso de orgulho. – Amanhã você vai para o Canadá, visitar seu primo Erick. A menina olha para o pai e a sua expressão confusa. – Mas pai, eu mal o conheço e além do mais ele é um dos primeiros brasões o Ancião dele me dá arrepios só pensar nele. O Ancião se levanta e abraça a sua filha carinhosamente. – Minha menina!! O primeiro escudo não entra em guerra ele termina com ela. Ele da uma pausa e arruma os cabelos pretos da filha. – E o Erick será seu futuro marido, é bom você já conhecer seus interesses e ambições, ele no futuro vai ser o Grão-mestre do primeiro brasão e você se tornara a mulher dele. Ele é um forte aliado para a nosso brasão. O ancião olhando nos olhos da filha com uma voz amigável mesmo assim foi uma ordem. A menina com medo de falar, deu uma risada saindo dos abraços do pai caminhando até seu quarto onde se enterrou em sua cama e começou a chorar. 

Logo Após uma caixa aparece no escritório ninguém viu quem colocou, mas sabem que foi o segundo escudo. Vladimir deu um sorriso assim que entrou em seu escritório. – Um presente para mim meu irmão?! Disse ele com um tom de sarcasmo já abrindo a caixa e caiu na risada assim que viu o conteúdo. – Vamos à batalha mais uma vez e todas as vezes que eu puder. Disse ele olhando a cabeça de um dos capangas. 

 Canadá – Montreal: 23:00

 - Senhor venho aqui entregar a mensagem do seu irmão Haroldo. O rapaz nervoso falou no interfone com dois pontos de luz vermelha em sua cabeça e outro no seu coração. – Pode entra. Disse uma voz grossa e um tanto irritada. O rapaz foi caminhando junto com dois soldados da família até o escritório. Ele tira da mala uma espada com dois Gumes. E coloca em cima da mesa. O ancião da uma risada. – Não precisa ter medo de mim criança as histórias que contam são alteradas da realidade, não sou um demônio. Disse o ancião pegando a espada. 

 - Então é isso. Ele observa a espada e a guarda no baú perto da estante. – Meus irmãos novamente querem sangue e pintar mais uma vez a arte dos nossos ancestrais. Ele da uma pausa caminhando até sua cadeira. Se senta  pegando a foto de Erick e da um suspiro de saudades e volta à fala com o mensageiro. – Entregue essa mensagem. Ele da uma pausa e coloca a foto na mesa. - Pegue esse escudo atrás de você. O rapaz pega o escudo com um símbolo da realeza da família. – Assim que entregar o escudo, diga ao meu irmão do meio que não quero inocentes morrendo, isso inclui os não familiares e os amigos da família. O ancião com uma voz séria encara o mensageiro. – Se Acaso isso ocorrer irei mandar os soldados da morte, e meu irmão sabe o que isso quer dizer
    
 - Tenha uma boa viagem, e diga ao meu irmão que antes disso gostaria de conversar com ele. O mensageiro novamente coloca a mão fechada no peito e sai no escritório. A Anciã de Erick entra no escritório um tanto inquieta e senta na cadeira fitando seu marido. - O circulo interno escolheu a filha de Vladimir para o pacto de sangue com Erick. Aquilo foi como mastigar as orelhas do ancião, ele respirou fundo para conter sua raiva. Se levantou da cadeira caminhando para junto de sua esposa e a abraçou forte. – Os nossos irmãos se enterram em guerra, e agora isso. Ele beijou a testa da sua amada. – O que faremos? Erick não vai aceitar. O que o seu conhecimento pode fazer minha conselheira, minha adorável esposa?   

A anciã deixa o abraço do esposo e se senta. – Sinceramente tudo vai depende do Erick até mesmo a guerra, o astral dele pode domina-lo e isso coloca em risco sua vida.  A anciã da uma pausa sentindo um aperto no coração. – Ele caminha pelo mesmo caminho de um de nossos ancestrais, a fome pelo que é oculto e a sabedoria, e força que isso pode oferecer. Ela respira fundo e o seus olhos se enchem de lágrimas.  – Ele vai ter que sacrificar muitas coisas e outras deixadas para traz, não queria esse caminho para ele.

 Montanhas Azuis

Jamie abre um largo sorriso. - Parece que minha noite está cheia de aventuras. Erick olha para ela e da uma risada. – Verdade. Ela coloca a lista na mesinha - Claro que estou, aventura é meu segundo nome. Erick ficou olhando para ela. – Achei que era birrenta. Erick automaticamente se lembrou de como a Jamie era birrenta quando criança. Ele deu uma risada e depois olhou para ela percebendo uma certa preocupação. – Jamie

 - Erick... Acho que eu deveria ir para casa, algo está errado, meu pai já me ligou mais de dez vezes e isso não é típico dele e quem está ficando preocupada sou eu. Espero que não se importe

Jamie estava com uma expressão triste, Erick olhou para ela com um sorriso amigável. – Ei tudo bem, deve ter acontecido algo no trabalho dele, Vancouver não é mais segura e o trabalho dele é estressante

- Prometo voltar amanhã com os livros que pediu para que possamos desvendar os mistérios do seu sonho
Obrigado Jamie, Obrigado mesmo. Disse ele encarando ela com um tom de alívio. Ela pega a lista de livros e guarda consigo, veste seu casaco enquanto Erick a seguia ela com os olhos e pensando “o que deve está ocorrendo nessa cidade? Merda”. Ele olha para ela e sente o beijo molhado em seus lábios. - Te vejo amanhã, se cuida.... Te amo. Ela abre a porta parecia que pensava em alguma coisa e antes de sair disse. – Erick... Eu aceito

Erick ficou paralisando por um momento com tanta alegria, finalmente tinha encontrado uma pessoa digna para ficar ao seu lado até a morte, e quando era criança ele olhava para a Jamie como uma amiguinha e todos da família de Jamie e da estranha família do Erick sabia que ambos nunca iam fazer qualquer mau um para o outro a lealdade de Erick nunca foi quebrada. 

Erick ficou olhando para porta, pensando que a Jamie ia mudar de ideia e voltaria para seus braços, mas um vento gélido estranhamente passa pelo seu pescoço, as janelas estavam fechadas. – Tem mais alguém aqui. Com um tom sério ele olhou para o livro, tirou o casaco e jogou no sofá, por um reflexo ele olhou para a janela da porta uma macha de sangue apareceu e depois embaixo da porta uma poça de sangue invadiu o lado de dentro do chalé.  

Erick ficou olhando a poça de sangue a adrenalina corria pelo o seu corpo, o cheiro do sangue penetrava em suas narinas. Ele automaticamente pegou o celular e ligou para polícia. – Por favor, por favor, mande uma viatura para as montanhas azuis perto dos chalés, alguém foi atacado. Erick estava em pânico, sua voz saia tremida quando falava ao celular sem parar de andar de um lado para o outro sem saber ao certo o que fazer. 

- Já estão a caminho, qual é o seu nome e onde você está? Erick respirou fundo mas até o simples ato de respirar havia se tornado algo tão difícil. – Erick Horkh... Parou de falar ao escutar um zunido em seu ouvido esquerdo e voltou a conversa com a policial. – ...eimer, No chalê tem sangue na porta e uma poça enorme entrou pela a brecha da porta. Ele falava com um tom de voz alterado e de um modo acelerado.

- Espere a policia chegar, não saia da casa sob quaisquer circunstância, a viatura já está a caminho. Erick desligar o celular e joga na mesinha de centro. A adrenalina em seu corpo mandava ele agir, fazer algo enquanto em sua mente ele repetia “ Não pode ser ela” por diversas vezes. 

 - Por favor, ela não. O seus olhos começaram a ficar vermelhos e lágrimas escorriam involuntariamente em seu rosto. – Ela é minha única felicidade nesse plano, eu preciso dela não tira ela de mim. Ele sentia uma presença no chalé, mas não sabia quem era, mas tinha o perfume favorito da Jamie.
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Mensagem por Vancouver Sáb maio 31, 2014 5:08 pm

-911...A atendente prontamente começou a digitar as informações no computador enquanto ouvia a voz de pânico do rapaz do outro lado da linha tentando também acalma-lo. Alguém havia sido atacado nas Montanhas Azuis segundo o rapaz. As unidades foram acionadas com rapidamente e estariam no local  em poucos minutos. As sirenes ecoavam pelas ruas da cidade apressadamente em direção as montanhas, policiais e ambulâncias cortavam o caminho por entre o tráfego noturno da cidade, assim que se afastaram as sirenes cessaram e somente o piscar das luzes podiam serem vistas. 

Duas viaturas de uma unidade localizada mais próxima das montanhas haviam chego primeiro, logo em seguida mais viaturas e ambulâncias se aproximaram do local cercando todo o perímetro, enquanto alguns dos policiais desciam de seus carros para completarem o caminho até os chalé a pé, carregando suas lanternas e procurando por pistas no caminho. Dois policiais armados se aproximaram da porta da frente do chalé enquanto outros dois vasculhavam aos arredores do mesmo. Como procedimento, os policiais se identificaram como sendo policia de Vancouver pedindo para que a pessoa que estivesse dentro do chalé abrisse a porta. 

Ambos policias entraram no chalé assim que Erick abriu a porta, enquanto um dos policiais ficou encarregado de permanecer com o rapaz, o outro vasculhou todo o chalé para certificar-se de que ele estava sozinho. Os dois policias do lado de fora então começaram a analisar a cena do crime e não demorou muito para que ambos reconhecessem a vítima. Um deles entrou para dentro do chalé e sussurou com um dos policias que estavam com o rapaz, e esse logo começou a fazer perguntas.

Após uma bateria de perguntas costumeiras em casos como aquele o policial completa terminando de anotar os últimos detalhes. - Senhor Horkheimer, você terá que nos aconpanhar até a delegacia onde será contido e questionado, terá direito a um advogado, e sua familia será contactada. O senhor tem apenas duas opções, vir conosco por livre e expontânea vontade ou algemado. Naquele momento diversas unidades da policia já estavam no local, assim como um grupo de perito criminal e cães farejadores para vasculhar o perímetro.
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Mensagem por Neweys Dwant Dom Set 28, 2014 12:13 pm

Meu corpo morre aos poucos sob a brisa congelante que o toca em uma noite ainda mais fria. Mas quem disse que Nós nos importamos com uma casca? Ela guarda os meios da corrupção desse mundo, verdade, mas a Caos está espalhado por toda existência. Assim como minha mente, ele é fragmentado. Nós somos apenas uma parte sadia e volumosa de Caos no mundo. A gruta abriga essa casca da neve, sento-me na pedra envolvida pelo gelo mal conseguindo distinguir a temperatura dela e do meu corpo queimando com o sangue fervido acelerado pelas rápidas batidas do meu coração. As extremidades do meu corpo perdem o tato, mas com o pé, não consigo parar de mover a perna freneticamente enquanto penso. Ao menos até ecoar o som irado de uma das vozes que explode entre meus lábios.

-Maldito! Por que você correu? Nós estávamos tão perto! Alguns corpos! Um pouco mais de sangue em Nossas mãos e finalmente! Finalmente ela voltaria para Nossas mãos. - a casca se ergue conforme emana a voz aos gritos.

-Não me obrigue a te explicar detalhes, tolo. Tens consciência de que aquele ato fora um risco desnecessário. – a segunda voz responde com certo descontentamento, mas sem a parte escandalosa – Matar é fácil, pensar em uma forma de tornar matar algo útil já não é tão simples. Pense bem... Queria usar a louca como escudo humano até quando? E se o comandante te forçasse a arrancar a garganta dela? Teria perdido mais uma companheira sem nada mais em troca.

-Hipóteses! Só chances, possibilidades! Eu a mataria e depois degolaria cada homem dele, até chegar no maldito e devora-lo vivo!

-Vocês acham que são os únicos que pensam nessas coisas, têm essas vontades e almejam essas conclusões? – digo já irritado com o teatro que havia se formado – Nós erramos, vocês e eu. Sem exceções.  Ninguém matou ninguém, ninguém ouviu ninguém... Não fizemos absolutamente nada. Então nós apenas... perdemos.

A casca se move ao chamado de um entre nós e vai até a fenda que inicia a gruta. Um rugido voraz se parte de meus lábios emanando um chamado de loucura e raiva, um frenesi mortal sem resposta, repleto de desgosto e desespero, aguardando o nada em lugar algum e esperando algo que nem sabe o que é. Apenas o faço, sem fazer... Grito uma, duas, três... Quatro... E caio de joelhos ao som do quinto grito. Sentindo finalmente o frio e a exaustão, entendendo que a mortalidade impregnada nessa carne pode ser tão desprezível para o mundo quando é preciosa para mim e para as coisas que me habitam. Trêmulo, começo a me arrastar para dentro desse refúgio e me guardo por uma noite, aninhado em meu próprio corpo no chão frio.

-Onde você deixou ela? – questiono notoriamente me referindo a minha posse humana.

-Não muito longe da Galeria, mas o suficiente para que fugisse... Ela não toleraria mais uma noite dessas... Mal se recuperou. E a tolice dos seus amigos é demasiadamente grande para lembra-se de que existem tavernas em Vancouver.

-Melhor assim...

-Melhor?

-A dor me ajuda a lembrar... – aguardo algum comentário, que não vem... – Lembrar quem já matei, por que matei... E o quanto eu gostei de matar cada um deles. O quanto o gosto do sangue me fez... Bem.

Um sorriso se molda em minha face conforme meus olhos se fecham, uma gargalhada seca e crescente começa a cantar em minha cabeça. Se torna a canção de ninar por uma noite.
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